…dizem-me, por vezes, que tenho propensão para complicar!?...
...contesto sem escrúpulo que verdade é desvendar!...
Quando assim, continuo em exposição e expondo que por tara,
Tendo em desconstruir, tudo o que construido se desfaz!...
Porque desconstruindo o experimentado,
Deixo a essência e vomito o vomitado!
Reciclando interjeições,
Transformando-as em emoções,
Fusionando experimentações,
Construindo outros haveres,
Como se de objectos eléctricos se tratassem
E que se de reconstruidos se tratassem,
Sobrariam, qual subterfugia, componentes supérfulos
Como vidas cheias de almas vazias.
Como tornilho ferrugento, aperto entre dentes
O que da vida disfrutam apenas dementes,
Vivendo elaboradas alegorias,
Que por defeito são para as maiorias,
Inócuos achados e tristes alegrias!?
Nunca assim hei-de sentir
E o que de mim há-de advir,
Serão verdadeiras heresias,
Dessas que nos fazem sentir
E que parecem a vidas vazias,
Espremidas mentiras,
Viciadas maravilhas
Que de tal víl vivência
Seriam apenas nostalgias!?
Pois desconstruindo este quem sou,
Construo outro que destronou,
outro que agora era e já não sou,
pois enferrujando o que a alma vomitou,
tudo o que de social abarcou,
renasço num estado novo!... Grácil (!)
e encontro de novo fácil,
sentir o que um dia a alma me fadou!
by synn&r