sábado, 18 de abril de 2009

"...cinzento mentiroso!"

- Ò cinzento mentiroso…
- Seu híbrido, covarde!
Esse sombreado ostentoso
E também laborioso!
Esse fusco da vela que arde,…
Que tudo e todos menosprezaste…
De tudo e de todos apenas fizeste
Ténues contornos, figuras agrestes!?
- Querias ser nada?
-Pois algo te fizeste…
Uma entre coisas te tornaste…
És incerteza e confusão,
Vazio de fé e emoção…
…apenas sombra, lamentação.
- Ou alvo ou negro…
- há os 2, autênticos!
-Qual Caín ou Abel,
- ou Che Guevara
E mesmo Fidel!...
Negro implacável
Que em ti, tudo encerras
E nem por isso sequer te esmeras
Em ostentar-te em coisas meras!
Patrão da noite, com esse manto
Nos enlouqueces
Trazendo o espanto!
O místico espanto e a loucura…
Loucura essa que é legado!
E p´la irmã lua só explicado!
- Oh branco alvo, sejais louvado!
- Filho da luz, sois alvorada!
Livre de mal e sem pecado
Sempre redimis a madrugada!
- Oh negro Rómulo!
- Oh alvo Remo!
Qual Roma antiga, este universo
A loba Mãe, a terra minha…
… promessa de berço,
Sem escrúpulo esquecida!...
by synn&r

"PostMortum"

… e novamente a liberdade errante, nómada, prisioneira, canibal e massa do que realmente sou feito, me aprisiona nos calabouços das responsabilidades sociais…
… atirando-me contra o mundo, rebotando nas flores silvestres dos canteiros urbanos vazios de verde!
Apetece-me fugir… de mim ou do eu que interage com o mundo e corro desesperadamente procurando o eu que apenas sente e pensa em inconformidade a tudo que é conforme…!
Refugio-me na minha mente; num conforto comparável ao esquecido período de gestação, sentido apenas nos primeiros meses de pseudo-existência, os quais não nos preparam para esta amalgama de relações e concessões que é viver em comunhão com o outro.
Desespero como um masoquista a quem a felicidade é alimentada pela a irmã dor…
Macero a minha própria alma pedindo desejos incompatíveis a existência do ser-comum-social e desespero… porque sou atendido pela Providência …
Desespero com esta felicidade de incompreendido…
Desespero com este sentimento desviado de dever-cumprido…!
Pois então, ó céus, de que serve este chão sem fundo em que revejo a minha liberdade?!...
De que serve este viver sem vida que preenche a minha freak existência?!...
Terá propósito?
Será génesis?
Será apocalipse?
Trará bonança?
Talvez uma bonança intempestiva que desde tempos imemoriais me fazem seguir, repetir os erros julgados pelo outro igual a todos os outros que a mim me fazem experimentar apenas desprezo dessas vidas-standard!... não serão os meus erros premissas de uma experimentação mais ousada do existencialismo humano e consequentemente, uma compilação de experiências que finalmente me levarão á revelação do mistério do meu eu-iluminado?!...
Ó céus, assim seja feito… amén!!!?
…tento o consolo… busco-o em reflexos de paisanos de um país-de-faz-de-conta… não está ninguém… pois estarão todos, os como eu, a viver as suas originais vidas gozando dos seus perenes ideais, lapidados pelos seus mais elevados pensamentos que escravizam os pensamentos comuns dos pedantes que enchem os bolsos de iguais ilusões-materiais, cimentos de pseudo-vidas tão necessárias como o joio que sufoca o trigo.!
Este consolo que reconheço já, é o consolo do exorcismo literário, tão nobre e libera dor como águas virgens de mares prateados, concebíveis apenas em mentes inteligíveis!
Arrogância?! Não refugio libera dor!...
Pois, “arrogância” é vertigem do “eu” e o pensamento-elevado-expresso é a consciência do “eu-maior”… ou será “o pensador de “Rodin” uma expressão arrogante?!
Não!... mas sim a expressão perceptível pelos sentidos, do ser elevado que parasita em cada um de nós!
O que serão as palavras do que a materialização organizativa dos pensamentos divinos que vivem em nós?!... até porque o “verbo” também é deus!... e o plano Dele que também somos nós, é-nos revelado por nossa própria ignorância!
Verdadeira heresia é atribuir-LHE a evolução da matéria condicionada por nós, reles mortais, o que realmente DELE provém é esta existência mental que só pode culminar, no conjunto de todas as existências que formos capazes de criar, inventar e articular através de toda a forma de arte até hoje experimentada.
by synn&r