terça-feira, 2 de março de 2010

autovoyeurismo

... e outra vez dou por mim desconstruindo as consequências da minha interacção quotidiana. Mas desta vez algo na pele me alerta para uma sensação inovadora e construtiva!... uma sensação de autovoyeurismo assalta-me a alma impactando o mais profundo da minha razão: o inconsciente. Onde os saberes se aglomeram em mandalas de raciocínios que constroem eus homónimos que me perscrutam o ser fazendo com que, observando o alheio, me descubro observado!?...
Assusto-me!!!...
Invento uma qualquer teoria de conspiração universal que rapidamente abandono. Abandono não já por medo, mas por decidir que tais teorias são narcisistas, destrutivas e castradoras na busca do eu que quero ser.
Não... não vou falar de quem quero ser, porque sim... esse ainda me assusta!?
Sinto-me observado, talvez por mim ou pelo outro que também sou eu e que me reflecte no espelho do mundo.
Não é que goste ou não aprove ser parte do outro o qual recrimino o seu todo... mas é por medo... medo de mim próprio desse espião que a meio de tão mercenária missão, a quem por contratação, resolve esconder tão valiosa informação!... informação recolhida em campo inimigo... inimigo por difamação... inimigo por apenas conhecer parte da razão que fez de mim: contratado, contratador e corajoso desertor... covarde espião!?
Sou assaz quando me encontro buscando em mim mesmo e tal feito não temo!... mas sou fugaz quando me encontro noutro que desconheço e tremo!... tremo de medo!
Sempre me vi como observador e recolector dos resquícios do mundo que me rodeia!?... ah! Evasiva neutra confortabilidade!
Mas agora assumindo que quando apenas me observo e lhes recolho, entro num estado absorto e abomino-me!!!... mas não me abomino todo!
... só assim como se fora apenas o escroto!... e tudo o que me complementa serieis vós, todo O que me rodeia!... o mundo, esse tético e divino corpo.

by Synn&r