domingo, 16 de agosto de 2009

"trigésimo primeiro acto..."

Este teatro que é a vida
Qual garrafa de álcool
De tara perdida,
Este laivo de sentimento
Que de insuficiência está pleno,
Como de acto em acto
Ante negra cortina,
Este passado encerro
Diante da cortina corrida.

Este trigésimo primeiro acto
De teatro de vida,
Continua como mistério
Como dogma de fé exacto
De sentença escolhida!

Personagem figurino,
Adereço faz de conta,
Argumento de linha em linha
De obra de pouca monta,
Fui eu e a vida minha!
Prometendo-me e deslumbrando-me
Com posses que eu não tinha…
Como cenário representando
Realidade em falsa tinta!

Sabendo eu ser quem sou
Ou alguém a quem me pareço,
Assumo-me outro que destronou
Esse quem era e perdi apreço!
Pois de actos passados
Já vazios de palmas,
Não se crescem espíritos
Nem se eternizam as almas!...

by Synn&r

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. a vida muda e nós mudamos com ela.
    "Assumo-me outro que destronou
    Esse quem era..."
    tens jeito para pensar ;)

    um abraco

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  3. parabéns!
    tens uma escrita interessante!
    Tanto te exprimes de uma forma directa, como usas os teus devaneios de uma forma muito simbolica.
    continua a expressar os teus pensamentos.

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